sexta-feira, 15 de julho de 2011

Desânimo

"É preciso em certos momentos deixar-se abandonar, não para desistir, mas para se recuperar as forças, olhar com objetividade, dar-se a ocasião de reconhecer-se fragilizado e humano e, por isso mesmo, igual a todo mundo. Há os que nunca perdem a coragem e vontade de lutar, mas ainda não conheci alguém que nunca tenha tido um momento, nem que seja um momento, de desânimo. 
E não é errado, não é anormal.
Vocês já observaram flores que ficam muito tempo sem água? Elas murcham, ficam abatidas. Mas em geral é suficiente um copo de água fresca e logo depois elas reerguem-se, como muitas quando recebem o sereno na madrugada. Chegam prontas para enfrentar o dia. E é assim conosco.
Que as lágrimas venham, venham sim! E que venham os tempos de estia! Mas que não morramos de fraqueza, que a noite chegue trazendo o sereno, que a primavera volte! Quantas e quantas vezes é suficiente levantar um pouco os olhos para ver que as soluções estavam ao nosso alcance, a gente é que estava cansado demais para procurar direito."
(Desconheço Autoria)


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